16 de dez. de 2009

Trilogia do Ócio - parte II


Trabalho (com) Doce
Upload feito originalmente por anaclaudia_britto
Na segunda parte da Trilogia segue uma reflexão dolorosa para mim mulher cristã, baiana, psicóloga e do signo de aquário: as pessoas não são bacanas!
CADÊ A GALERA SALVE SIMPATIA?
Poucas pessoas são bacanas nesse mundo, tenho que admitir isso! Ou pelo menos as pessoas que estão em um lugar com o mínimo de poder, não costumam ser pessoas legais e não estão nem um pouco preocupadas com isso...Você pode ser só mais um número, um CV, uma classe, ou um endereço de e-mail diante de inúmeras outras opções que por algum motivo, em um determinado momento, tornam vc completamente insignificante e descartável. E a menos que ser uma pessoa bacana seja de fato muito importante para você, vc pode se tornar a próxima extremamente ocupada com muito pouco tempo para detalhes (exemplo de detalhe: dar 5 min do seu precioso tempo para ser um pouco mais simpático e atencioso com alguém que por algum louco motivo cruzou seu caminho), ninguém irá notar que vc não é bacana, pois a regra é não ser. Quantas pessoas bacanas com mais de 30 anos vc conhece? Se for baiano não conta! (é que todo mundo, pelo menos até uns 25 anos é super legal, assim como todo baiano é gente boa!!! Regionalismos à parte, claro! ). Acho muito importante sermos cordiais, retribuir atenção, olhar no olho, dizer coisas boas, mostrar preocupação, cuidado, carinho...Isso cabe em qualquer lugar! Não devemos ser bacanas apenas na nossa vida pessoal, devemos ser pessoas queridas em todo lugar e a qualquer hora. Esse tipo de atitude abre portas, torna seu dia mais leve e a vida termina sendo mais generosa com você, faça o teste se vc está duvidando! Claro que sempre tem os antipáticos de plantão, mas em situações muito simples vc consegue facilitar sua vida e a de todo mundo ao seu redor sendo uma pessoa legal! Acho isso tão inteligente, porque não usamos isso também nas nossas relações profissionais? Só pra fazer um gancho com o tema principal desse post, por favor queridos colegas de RH, sejam mais bacanas com seus candidatos, principalmente os que se encontram em completo ócio! Liguem, informem sobre o processo seletivo, sejam menos frios e mais humanos na hora de dar uma devolutiva negativa. Deixem espaço para que o candidato reprovado entenda melhor sua reprovação para que ele possa seguir em frente sem abalar tanto sua auto-estima, fator extremamente importante para o sucesso dele nas próximas entrevistas. Enfim, acredito que podemos fazer melhor, não porque somos da área de gestão de pessoas, mas porque somos pessoas e sabemos que todos merecem mais atenção e cuidado do que temos oferecido. Apesar da frustração em reconhecer a escassez no mundo de pessoas bacanas, vou continuar plantando a semente, quem sabe até crio o movimento Salve Simpatia, para que possamos garantir que as próximas gerações vivam em um mundo mais gentil, cordial, cheio de pessoas bacanas, simpáticas e atenciosas. Acho que essa é uma boa causa.

15 de dez. de 2009

Trilogia do Ócio


Teatro da Vida
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Aqui estou de novo...
Dessa vez trago 3 reflexões em doses homeopáticas sobre o estado do ócio completo, vulgo desemprego. Você já passou por isso? Pois bem, acredito que todo mundo tem algo a dizer a respeito desse momento. Então seguem algumas palavras, nada celebres. É mais um desabafo ou confessionário. Trilogia porque resolvi economizar nos textos, pois todo mundo diz que Blog não é livro, estou aprendendo a escrever menos. Então vai a primeira reflexão que quero dividir com vcs desse tão grandioso momento existencial:
PARADA
Parar é importante! Confesso que ainda falo essa frase muito baixo pra que ninguém ouça inclusive eu! É muito difícil para uma pessoa tipo “fazer acontecer” como eu admitir isso, pois pra mim o mundo tem suas mazelas porque tem um monte de gente egoísta, com preguiça de trabalhar, ignorantes de si mesmo e dos problemas além do seu mundinho particular, pois é... Mas eu mesma me preguei a peça do desemprego, pedi demissão porque eu jurava que me empregaria no dia seguinte, mas isso não aconteceu, e cá estou eu no meu mais preciso décimo quinto dia de completo desemprego (me desliguei 30 de setembro, mas continuei prestando serviço até novembro...) escrevendo para tentar achar isso tudo muito legal e terapêutico, até porque devido a minha condição sócio econômica no momento, suspendi a terapia onde eu podia me convencer da mega relevância dessa fase super criativa da minha existência. Mas o fato é que, ironias e desesperos à parte, grandes obras primas da pintura, literatura, negócios, enfim, muitas pessoas que fizeram diferença no mundo tiverem seus momentos de parada existencial. Estou começando a me convencer disso (até porque não tenho muitas alternativas) podendo reconhecer que há muitos caminhos, muitas possibilidades de escolhas e que se permitir refletir a respeito do seu próximo passo não é pra qualquer um, no mínimo exige muita coragem e duas bolas bem firmes entre as pernas...mesmo sendo menina elas existem imaginariamente por direito, pois ser macho é uma construção social e não um determinismo biológico, vai duvidar?

27 de set. de 2009

Você sabe o que é Infoproletariado?


Reflexo
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Pois bem, acredito muito em coincidências...Em psicologia, Jung deu tanta importância a esse assunto que desenvolveu o conceito de Sincronicidade* para ampliar esse acontecimento natural e quase mágico que acontece na existência de todo indivíduo.

Para exemplificar, perambulando pela Av. Paulista no final de semana, encontrei em uma banca de revista o exemplar de setembro da Cult (ano 12, n 139). O Dossiê desse mês traz como tema: Qual é o sentido do trabalho?. Pude descobrir autores fantásticos e validar mais uma vez a teoria junguiana ao constatar que minhas atuais reflexões a respeito do trabalho estão sendo foco de pesquisa de muitos acadêmicos e autores renomados em sociologia, filosofia e psicologia.

Nessa leitura me deparei com um novo termo INFOPROLETARIADO. Você sabe o que isso quer dizer? Segundo os autores do ensaio De volta à condição proletária, esse é o novo proletariado do Brasil o OPERADOR DE TELEMARKETING (e porque não do mundo, ou melhor, dos países emergentes do BRIC?).

No entanto, esse novo grupo de trabalhadores não possuem tradição organizativa, são despolitizados e com baixa aparição coletiva na cena pública. De nada representam o proletariado engajado e socialmente comprometido da década de 70 que mobilizou o segmento industrial e fez emergir figuras importantes do cenário político atual, como o nosso presidente da república.

Conheço a realidade desse infoproletariado através da minha experiência com recrutamento e seleção de inúmeros profissionais dessa área para empresas de Call Center. As condições de trabalho (jornada, metas, atividade limitada a um script pré definido) politica de remuneração e submissão a uma liderança muitas vezes despreparada, me faz concordar com o ensaio e pensar se já não temos um sintoma grave da nova ordem econômica dos países emergentes com suas privatizações, terceirizações e financeirização de empresas...

Assunto no mínimo polêmico...
Estamos participando inconscientemente da construção de uma grande massa de trabalhadores jovens, porém alienados da sua condição política, social e humana?

Acho que precisamos pensar muito a respeito...

18 de set. de 2009

Trabalho à Beira Mar


Trabalho à beira mar
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O título dessa foto é Trabalho à beira mar e desde a sua captura no litoral de Salvador, minha terra natal, até essa madrugada (quase véspera da Primavera) olho para ela e reflito sobre as inúmeras escolhas profissionais que podemos fazer na vida. Porque escolhemos trabalhar em um escritório fechado com um ar condicionado cheio de fungos e bactérias, enquanto outros escolhem trabalhar à beira mar sob o doce e cítrico sabor da maresia?

Claro que estou falando de extremos e que da Av. Paulista até a praia de Vilas do Atlântico em Salvador encontramos milhares de combinações e opções profissionais. Mas a questão que gostaria de propor é: como escolhemos nossa profissão? (Como) planejamos nossa carreira? Quais são as variáveis que interferem diretamente na nossa escolha? Sabemos o que de fato queremos realizar nesse mundo? Quanto existe de singularidade nas nossas escolhas e quanto estamos imersos no "caldo" cultural e mercadológico?

Você consegue parar 30m das suas preciosas 24h do dia e refletir sobre as escolhas que vc faz por minuto? Sim! Tudo que não expressamos claramente como não ou como repulsa existe para o mundo e para o outro e, consequentemente, para você como um grande (e mesmo que silencioso) SIM!

A escolha está feita...E esse papo que o ano passa rápido demais e que outro dia vc lamentava que o carnaval acabou, não cola! Muita gente já sabe que de fato o tempo está mais acelerado e que essa sensação pode ter explicações científicas inclusive, os estudiosos do assunto deram nome de Ressonância Schumann a esse fenômeno (http://tinyurl.com/l3vnmb).

O fato é que mesmo com tudo isso deveríamos encontrar um tempo para pensar nas nossas escolhas, especialmente as profissionais, já que nossa vida se desenha muito em torno da atividade laboral que realizamos.
Andar muito distraído nesse assunto pode ser até desastroso...
O ideal é se apropiar da sua carreira e começamos a fazer isso conhecendo um pouco mais da gente. Nessa intimidade com nós mesmos encontramos preferências, competências, pontos a serem desenvolvidos e o tão requisitado talento!

A idéia desse blog/quintal é falar sobre Carreira com foco na busca de sentido para plena expressão da realização profissional.
Cuidar da sua carreira é cuidar de você e das pessoas que compartilham da sua vida.
Muito mais que conquistar um alto cargo e salário em uma grande empresa, precisamos ajustar nossos sonhos à nós mesmos e à vida que queremos ter considerando todas as suas esferas.
Agora vou ficar por aqui, mas em breve nos encontramos!